Com a popularização
da internet a partir dos anos 2000, outro tipo de serviço de
comunicação e entretenimento começou a ganhar força: as redes
sociais. Atualmente, a variedade de produtos desse mercado é enorme,
apresentando inclusive categorias com públicos bem segmentados
(alguns
deles um tanto quanto bizarros).
Com
alternativas que vão muito além de apenas Facebook, Twitter, Orkut
e MySpace, nós temos gastado cada vez mais tempo do nosso dia
interagindo com outras pessoas através das redes sociais. Para você
ter uma noção do que estamos falando, uma pesquisa da ComScore,
realizada este ano, revelou que os quase 1 bilhão de usuários da
rede de Mark Zuckerberg gastam
405 minutos por mês acompanhando
os seus perfis.
Mas
você tem ideia de quando e como as redes sociais surgiram? Quais
foram os serviços pioneiros ou o que podemos esperar desses serviços
daqui para frente? Neste artigo, nós vamos responder a esses e
outros questionamentos. Boa leitura e aproveite para compartilhar o
link deste texto com seus amigos e familiares por seus perfis!
Os
primórdios da sociabilidade virtual
Antes
de nos aprofundarmos na história das redes sociais, precisamos ao
menos citar a direta relação desses serviços com as mídias
sociais, um grupo maior de mecanismos com os quais as pessoas são
capazes de compartilhar informações, imagens, vídeos e arquivos de
áudio.
Obviamente,
essas atividades são extremamente simples quando pensamos nas suas
execuções através dos parâmetros de internet que temos hoje em
dia. Contudo, algumas delas eram possíveis muito antes do “boom”
da rede mundial de computadores.
Primeiros
passos
Os
primeiros relatos de serviços que possuem características de
sociabilizar dados surgem no ano de 1969, com o desenvolvimento da
tecnologia dial-up e o lançamento do CompuServe — um serviço
comercial de conexão à internet em nível internacional muito
propagado nos EUA.
Outro
passo importante nessa evolução foi o envio do primeiro email em
1971, sendo seguido sete anos mais tarde pela criação do Bulletin
Board System (BBS), um sistema criado por dois entusiastas de Chicago
para convidar seus amigos para eventos e realizar anúncios pessoais.
Essa tecnologia usava linhas telefônicas e um modem para transmitir
os dados.
Aproximando-se
do que conhecemos hoje
Os
anos seguintes, até o início da década de 90, foram marcados por
um grande avanço na infraestrutura dos recursos de comunicação.
Por exemplo, em 1984 surgiu um serviço chamado Prodigy para
desbancar o CompuServe — feito alcançado uma década depois.
Contudo,
o fato mais marcante desse período foi quando a America Online
(AOL), em 1985, passou a fornecer ferramentas para que as pessoas
criassem perfis virtuais nos quais podiam descrever a si mesmas e
criar comunidades para troca de informações e discussões sobre os
mais variados assuntos. Anos mais tarde (mais precisamente 1997), a
empresa implementou um sistema de mensagens instantâneas, o pioneiro
entre os chats e a inspiração dos “menssengers” que utilizamos
agora.
Seguir, compartilhar, curtir e muito mais
Enfim, as redes sociais...
O
ano de 1994 marca a quebra de paradigmas e mostra ao mundo os
primeiros traços das redes sociais com o lançamento do GeoCities. O
conceito desse serviço era fornecer recursos para que as pessoas
pudessem criar suas próprias páginas na web, sendo categorizadas de
acordo com a sua localização. Ele chegou a ter 38 milhões de
usuários, foi adquirido pela Yahoo! cinco anos depois e foi fechado
em 2009.
Outros
dois serviços foram anunciados em 1995 — esses com características
mais claras de um foco voltado para a conectividade entre pessoas. O
The Globe dava a liberdade para que seus adeptos personalizassem as
suas respectivas experiências online publicando conteúdos pessoais
e interagindo com pessoas que tivessem interesses em comum.
Por
sua vez, o Classmates visava
disponibilizar mecanismos com os quais os seus usuários pudessem
reunir grupos de antigos colegas de escola e faculdade, viabilizando
troca de novos conhecimentos e o simples ato de marcar reencontros.
Essa rede social ultrapassou 50 milhões de cadastros e sobrevive até
hoje, mas com um número menor de participantes.
Acompanhando
o “boom”
Por
volta dos anos 2000, a internet teve um aumento significativo de
presença no trabalho e na casa das pessoas. Com isso, as redes
sociais alavancaram uma imensa massa de usuários e a partir desse
período uma infinidade de serviços foram surgindo.
Em
2002, nasceram o Fotolog e o Friendster. Esse primeiro produto
consistia em publicações baseadas em fotografias acompanhadas de
ideias, sentimentos ou o que mais viesse à cabeça do internauta.
Além disso, era possível seguir as publicações de conhecidos e
comentá-las. O Fotolog ainda
existe, tem cerca de 32 milhões de perfis, já veiculou mais de 600
milhões de fotos e está presente em mais de 200 países.
Por
sua vez, o Friendster foi o primeiro serviço a receber o status de
“rede social”. Suas funções permitiam que as amizades do mundo
real fossem transportadas para o espaço virtual. Esse meio de
comunicação e socialização atingiu 3 milhões de adeptos em
apenas três meses — o que significava que 1 a cada 126 internautas
da época possuía uma conta nele.
Em
seguida, ao longo de 2003, foram lançados o LinkedIn (voltado
para contatos profissionais) e o MySpace (que
foi considerado uma cópia do Friendster). Ambos ainda estão no ar e
com um uma excelente reputação. Atualmente, o LinkedIn conta com
mais de 175 milhões de registros (sendo
10 milhões deles brasileiros) e
o MySpace marca 25 milhões apenas nos EUA — embora esse número já
tenha sido maior.
Anos
vindouros
Eis
que chegamos à época em que as redes sociais caíram no gosto dos
internautas e viraram máquinas de dinheiro. 2004 pode ser
considerado o ano das redes sociais, pois nesse período foram
criados o Flickr, o Orkut e o Facebook — algumas das redes sociais
mais populares, incluindo a maior de todas até hoje.
Similar
ao Fotolog, o Flickr é um site para quem adora fotografias,
permitindo que as pessoas criem álbuns e compartilhem seus acervos
de imagens. Atualmente, aproximadamente 51 milhões de pessoas
usufruem de seus recursos.
O
Orkut dispensa apresentação. A rede social da Google foi durante
anos a mais usada pelos internautas brasileiros, até
perder seu título para
a criação de Mark Zuckerberg em dezembro de 2011. Um dos
levantamentos mais recentes aponta que cerca de 29 milhões de
pessoas ainda o utilizam.
Apesar
de ter sido criado em 2004, dentro do campus da Universidade de
Harvard, o Facebook só chegou à grande massa de usuários no ano de
2006. De lá para cá, a rede social é sinônimo de sucesso e
crescimento, superando a incrível marca de 908 milhões de pessoas
cadastradas. Hoje, a marca está avaliada em US$ 104 bilhões.
Um
dos grandes desejos de Zuckerberg é comprar o Twitter, o microblog
revelado em 2006 e que atualmente é aquele que mais chega perto do
Facebook em número de adeptos, tendo 500 milhões de registros —
embora a estimativa é de que “apenas” 140 milhões o utilizam
com frequência.
A
mais recente rede social a entrar nessa complicada disputa é o
Google+, um dos mais novos serviços da gigante de Mountain View.
Lançado oficialmente em 2011, esse serviço tem por volta de 400
milhões de inscritos (somente
25% deles estão ativos). Embora ainda esteja muito longe de assustar
o líder do segmento, a Google não tem poupado investimentos e
esforços para que o seu produto cresça. Contudo, por enquanto, ele
ainda não vingou e o volume de informações compartilhado pelo
Google+ ainda é relativamente baixo.
O
que podemos esperar das redes sociais
E
quais seriam os próximos passos das redes sociais? Relatórios
recentes apontam que esse tipo de serviço atrai mais de 1
bilhão de pessoas,
o que representa cerca de um sétimo da população total do planeta.
Isso significa que os sites de relacionamento ainda têm muito para
crescer.
Além
disso, alguns especialistas em mídias sociais acreditam que o futuro
dos serviços de comunicação e interação está em produtos de
código aberto, como a Diaspora.
Essa rede social, a qual você também pode ajudar a desenvolver,
surgiu como uma alternativa mais segura para o Facebook.
No
início, apenas um grupo seleto de pessoas teve acesso ao serviço de
relacionamento, mas no final do ano passado ele liberou
um número bem maior de convites.
Contudo, o site ainda não decolou e, ao que parece, pode estar sendo
substituído por um site de compartilhamento de memes, o Makr.io.
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